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Caixa Preta do Airbus da Germanwings está danificada mas pode ser analisada

Aparelho que grava os sons no cockpit será analisado em laboratório durante as "próximas horas". Buscas para encontrar corpos devem demorar “pelo menos uma semana”.

Apesar dos estragos causados pelo desastre, a componente da caixa negra correspondente à gravação dos sons do cockpit será agora analisada em laboratório, algo que acontecerá "ao longo das próximas horas", de acordo com Bernard Cazeneuve, em entrevista à rádio RTL. A caixa negra relativa à informação do voo, que engloba os parâmetros não sonoros, continua a ser procurada.



A análise ao conteúdo das duas caixas negras será determinante para se apurarem as causas da queda do avião nos Alpes franceses. A aeronave operada pela Germanwings – a subsidiária low-cost da companhia alemã Lufthansa – tinha saído do aeroporto El Prat, em Barcelona, na manhã de terça-feira, e tinha como destino Dusseldorf, na Alemanha. O CEO da Lufthansa, Carsten Spohr, disse nesta quarta-feira que o aparelho estava "tecnicamente irrepreensível" e que, para a operadora alemã, o desastre era ainda "inexplicável". 

Quanto às possíveis razões que terão provocado o acidente, Bernard Cazeneuve admitiu que “todas as hipóteses devem ser analisadas”. Porém, na entrevista desta manhã à rádio RTL, o ministro considera que o cenário de atentado terrorista “não é a hipótese privilegiada”, uma vez que “o avião não explodiu verdadeiramente”.

Depois de cerca de meia hora de voo, o avião começou a perder altitude de forma acelerada, sem que os pilotos tenham feito qualquer comunicação de emergência com a torre de controlo. O avião caiu a oito quilómetros do ponto onde emitiu, às 10h40, o último sinal a partir do seu “transponder” – um aparelho que transmite aos controladores aéreos informações como a altitude, velocidade e rota. Não houve sobreviventes entre as 150 pessoas a bordo.

Diversas nacionalidades a bordo
Ainda não existem dados definitivos sobre a nacionalidade das 150 vítimas. As últimas estimativas da Germanwings, lançadas por volta do meio-dia, apontam para que estivessem a bordo do Airbus pelo menos 72 cidadãos alemães, 35 espanhóis e dois norte-americanos. A operadora ressalva que existem ainda 27 vítimas das quais ainda não foi capaz de determinar a nacionalidade. Alguns dos tripulantes tinham dupla nacionalidade, o que tem complicado o processo de identificação, de acordo com o CEO da subsidiária da Lufthansa, citado pela Associated Press. Ao todo, o diário inglês Guardian diz que foram confirmadas vítimas de 16 nacionalidades. 

As contas dos governos também não são definitivas. O ministério espanhol do Interior estima que estivessem 49 cidadãos espanhóis a bordo da aeronave. Esta informação foi avançada ao final da manhã desta quarta-feira, poucos minutos antes de a Germanwings ter actualizado as suas estimativas. Já o secretário de Estado britânico dos Negócios Estrangeiros, Philipe Hammond, anunciou durante a manhã que "pelo menos" três cidadãos do Reino Unido se encontravam entre as vítimas. Na noite de terça-feira foi a ministra australiana dos Negócios Estrangeiros a anunciar que no acidente haviam morrido dois cidadãos australianos, mãe e filho.

Entre relatos governamentais, informações de agência e estimativas da operadora aérea alemã, acredita-se que entre as vítimas estão três cidadãos do Cazaquistão e dois de cada um dos seguintes países: Argentina, Colômbia, Venezuela, Japão e Irão. Haverá também um tripulante israelita e um número indefinido de cidadãos oriundos de Marrocos e México. Estes dados contrariam os relatos iniciais de que a bordo do Airbus viajava um grande número de cidadãos turcos. 

Entretanto, no local da queda foram retomadas as buscas pelas equipas de resgate. Os destroços do aparelho estão espalhados por uma área de cerca de dois quilómetros quadrados numa zona de difícil acesso, a 1500 metros de altitude. As buscas devem demorar “pelo menos uma semana” e serão precisos “vários dias” até ser possível repatriar os corpos das 150 vítimas, disse à AFP uma fonte policial.

Foram mobilizados 300 agentes da polícia e 380 bombeiros, para além de uma equipa de 30 elementos de uma força especial de resgate em montanhas, acrescenta a BBC. São esperadas esta quarta-feira as visitas da chanceler alemã, Angela Merkel; do primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy; e do Presidente francês, François Hollande, ao local onde caiu o avião.

Alguns voos da Germanwings foram cancelados esta quarta-feira, informou a companhia aérea. A situação deve-se à recusa de alguns membros da tripulação, “que decidiram não operar aeronaves depois das notícias do acidente”, lê-se num comunicado.

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