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Protestos contra Dilma enchem ruas em todo o Brasil

O número de pessoas que saíram neste domingo à rua para protestar contra Dilma Rousseff e o seu Partido dos Trabalhadores (PT) ultrapassou todas as expectativas, incluindo as inicialmente avançadas pelos movimentos conservadores que agendaram as manifestações. Às 19h portuguesas (menos três horas no Brasil) a Polícia Militar estimava que só em São Paulo, na Avenida Paulista, se reuniam mais de um milhão de pessoas. Número que o think tank de sondagens Datafolha contesta, afirmando que não foram mais de 200 mil.

A marcha na Avenida Paulista ainda está a decorrer e os números avançados pelas autoridades têm vindo a aumentar. O protesto teve início às 17h em Portugal (14h no Brasil).

Fontes não identificadas do Governo de Dilma, citadas pelo jornal brasileiro Folha de São Paulo, estimavam inicialmente que em São Paulo saíssem 100 mil pessoas à rua. No início do dia, o jornal Estado de São Paulo fazia referência a um "gabinete de crise" que teria sido montado pelo Governo para acompanhar os protestos e que, espera-se, reunirá no final deste domingo.  

Os principais protestos já terminaram em Brasília, onde as autoridades contaram 40 mil manifestantes. Para o Rio de Janeiro, em Copacabana, a polícia afirma terem sido registados 25 mil manifestantes.


A Polícia Militar foi actualizando as estimativas ao longo dos protestos. Por volta das 21h em Portugal, os maiores valores foram avançados para Curitiba, onde a PM aponta para a presença de 80 mil pessoas, e Goiânia, capital do Estado de Goiás, com 60 mil pessoas. Destaque também para as 40 mil pessoas avançadas para Ribeirão Preto, no interior do Estado de São Paulo, 50 mil em Vitória, no estado do Espírito Santo e 30 mil em Porto Alegre. De acordo com as autoridades, registaram-se também 24 mil pessoas nas manifestações em Belo Horizonte.

Num vídeo publicado na sua página do Facebook, o líder do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e principal opositor de Dilma Rousseff nas eleições de 2014, Aécio Neves, declarou que este dia "15 de Março vai ficar lembrado para sempre como o Dia da Democracia". Aécio disse ainda que decidiu não participar nas manifestações por entender que o "povo brasileiro" deveria ser o principal protagonista. O líder do PSDB fora já avistado na janela do seu apartamento, no Rio de Janeiro, vestido com a camisola da selecção nacional do Brasil. Vários manifestantes vestiam neste domingo t-shirts onde se lia "Eu votei Aécio". 

As mais ouvidas palavras de ordem exigiam a saída de Dilma e acusavam a Presidente do Brasil e o PT de corrupção, aludindo à proximidade de ambos ao alegado escândalo de corrupção na Petrobras, actualmente a ser investigado pelo Ministério Público. Os manifestantes afirmam ainda estarem contra a inspiração socialista do Governo brasileiro. Várias faixas alegavam que o PT está a arrastar o Brasil para um plano político semelhante ao de Cuba.

O pedido de impeachment à Presidente do Brasil parece ter saído do principal plano da contestação, embora se avistassem várias tarjas fazendo referência a este modelo de destituição. Governo e aliados de Dilma Rousseff criticaram os pedidos de impeachment que, defendem, são inconstitucionais e prejudicam a democracia. Por essa razão, a principal linha de defesa do Governo tem sido alegar que os movimentos conservadores – cujo protagonismo parece ter-se eclipsado dada a inesperada afluência ao protesto – não querem aceitar os resultados eleitorais de 2014. 

Com efeito, mais do que o pedido de impeachment, as ruas pareceram hoje ter exigido a saída de Dilma Rousseff do poder, sem para isso se basearem nesse instrumento legal. A figura do impeachment no actual contexto brasileiro suscita sérias dúvidas. Caso fosse esta a principal reivindicação, os protestos deste domingo arriscavam-se a perder alguma substância. 

Na cobertura ao vivo feita pelos jornais brasileiros O Globo e Folha de São Paulo, saltaram à vista, porém, vários cartazes a pedirem uma intervenção militar. Entre os grupos conservadores que apelaram às manifestações deste domingo inseriam-se também, com menos apoio popular, vários grupos de inspiração militarista e outros próximos da extrema-direita. Para além de críticas à política de esquerda do Partido dos Trabalhadores, surgiram nos jornais e nas redes sociais várias imagens de movimentos a apelarem a um golpe militar no Brasil. 

Até ao momento, nenhum responsável do Governo ou do Partido dos Trabalhadores reagiu às manifestações. Dilma Rousseff publicou apenas uma mensagem na sua página oficial no Facebook, ao final do dia de sábado, em que dizia valorizar o facto de "que, hoje no Brasil, as pessoas podem se manifestar livremente". 

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