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SP: faixas com ofensas e micaretaço marcam ato anti-Dilma

Evento que reuniu 210 mil pessoas em São Paulo, segundo o Datafolha, e 1 milhão, de acordo com a PM, teve também cartazes com ofensas a Dilma e a Lula, além de pedidos de impeachment e de intervenção militar

Uma mistura de segundo turno das eleições presidenciais com micareta de carnaval e final de Copa do Mundo – mas não com a seleção do 7 a 1 para a Alemanha, claro – deu o tom, neste domingo, à manifestação ocorrida na Avenida Paulista, principal cartão postal da cidade de São Paulo, contra o Partido dos Trabalhadores (PT) e o governo da presidente Dilma Rousseff. Segundo estimativas da Polícia Militar paulista, cerca de 1 milhão de pessoas participaram do ato; já o instituto Datafolha, em pesquisa encomendada pelo jornal Folha de S.Paulo, deu 210 mil como número de participantes.

São Paulo (SP) - manifestantes seguram faixa durante protesto na Avenida Paulista Foto: Janaína Garcia

O protesto foi basicamente convocado e organizado nas últimas semanas pelas redes sociais. Ao menos cinco grupos se fizeram de porta-voz dos manifestantes, com carros de som, vuvuzelas, cornetas e bandeiras que pediam desde o impeachment de Dilma à prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) José Antônio Dias Tóffoli. Entre os presentes, crianças e animais de estimação também engrossaram o ato.

A maioria dos participantes vestia roupas verdes, amarelas e azuis. Muitos optaram por usar camisas da Seleção Brasileira, desde modelos mais recentes até os “retrô”. Enquanto gritavam coros como “Fora Dilma”, “Fora PT” e “Lula, cachaceiro, roubou o meu dinheiro”, carregavam cartazes com as mais diversas mensagens. “Guerrilheira de mierda” (com fotos da presidente e de Che Guevara), “Petrolão, Brazilian Shame”, “PT is a terrorist group”, “PT vai para Cuba que pariu” e “A culpa não é minha, eu votei no Aécio” foram alguns deles. Parte dos manifestantes partiu para recados mais ofensivos, como “Dilma p***” e “Dilma, eu pago sua passagem para a Indonésia”.
SP: manifestante xinga a presidente em cartaz Foto: Elisa Feres / Terra

Entre um grito e outro, manifestantantes comandados pelo coletivo "Revoltados Online" entoavam o "Rock do Impeachment" próximo ao Masp. Entre um grupo e outro, ambulantes faturavam com a venda livre de espetinhos, hot-dogs, cervejas e refrigerantes.

Pedidos de “intervenção militar constitucional”
Entre os grupos com carros de som, estava o coletivo intitulado “S.O.S. Forças Armadas”, que abraçou a proposta de “intervenção militar constitucional” e rechaçou outros políticos e partidos que, em eventual caso de renúncia ou impeachment da presidente, assumiriam o poder – sobretudo o PMDB.

“Os comunistas merecem um tapa no pé do ouvido dado pelo povo brasileiro. Graças a esses homens das Forças Armadas o Brasil não virou uma Venezuela”, disse um dos porta-vozes dos defensores da intervenção em cima do caminhão de som. Entre o grupo de aproximadamente 300 pessoas que acompanharam atentas, com aplausos e cartazes (em inglês e português), os pronunciamentos, estava a advogada Kátia Alonso, 42 anos, ao lado da filha de 13 anos “estudante de colégio militar”.

Manifestante exibe cartaz contra a presidente Dilma Rousseff, na Avenida Paulista Foto: Elisa Feres / Terra

“O impeachment da Dilma não vai resolver, porque entraria gente do PMDB. A intervenção militar tem respaldo na Constituição; os militares entram, fazem uma faxina, prendem os corruptos, e, em 90 dias, chamam novas eleições diretas. Não se trata de golpe, nem de ditadura”, jurou. Indagada sobre os mortos e desaparecidos do regime militar no Brasil, a advogada rebateu: “Eram todos comunistas. E nossa Constituição prega a democracia – o socialismo é crime”, defendeu.

A estudante Bianca Santos, de 22 anos, defende a intervenção militar porque é "contra o comunismo" Foto: Janaina Garcia / Terra

 Foto: Elisa Feres / TerraCom 22 anos e um cartaz em que se dizia “grato (sic) pela revolução redentora de 1964”, a estudante Bianca Santos admitiu que sequer havia nascido para testemunhar o que foi o período militar no Brasil. “Sou contra o comunismo e quero o período militar de volta. 

O que eu conheço é pelo que eu estudo. Mas não acredito em tudo o que os livros dizem porque eles foram escritos por comunistas”, argumentou. 

Como saber, então, que o regime que ela diz defender é melhor que o democrático? “O coronel  (Paulo) Telhada (deputado pelo PSDB e ex-chefe da Rota, tropa de elite da PM paulista) está ali para confirmar”, encerrou.

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