Corpo da jornalista Beatriz Thielmann é velado no RJ
Repórter tinha 63 anos e lutava contra um câncer. Parentes e amigos compareceram ao velório da jornalista Beatriz Thielmann.
O velório da jornalista Beatriz Thielmann reúnia familiares, amigos e colegas de trabalho na tarde desta segunda-feira (30), no Memorial do Carmo, no Caju, na Zona Norte do Rio. Ela morreu em São Paulo no último domingo (29). A repórter tinha 63 anos e lutava contra um câncer. Ela deixa dois filhos e dois netos.
"A Bia era um símbolo de caráter e integridade. Ela tinha o otimismo como uma forma de vida. Tenho certeza que, onde ela estiver, ela vai estar em paz e feliz", disse a apresentadora e jornalista Glória Maria. Em nota, a Rede Globo diz: "Para os colegas, a perda é irreparável. A direção da Globo ressalta que Beatriz era uma profissional brilhante e uma colega de trabalho sem igual". Com mais de 30 anos de carreira, Beatriz Theilmann cobriu importantes momentos do país, como a promulgação da Assembleia Nacional Constituinte, em 1988, a eleição e morte de Tancredo Neves, a implantação do Plano Cruzado, a Eco-92, os Jogos Pan-Americanos e a visita do Papa Francisco ao Rio.
A primeira escolha profissional foi o curso de direito, mas, depois de dois anos, trocou pelo de jornalismo. No final de 1982, Beatriz ficou sabendo que a Globo abriria uma vaga de editor de texto. Entrou para o estágio e acumulou duas funções. Uma no jornal impresso e outra na TV. Na Globo, passou por Bom Dia Brasil, Jornal da Globo, Jornal Nacional, Globo Repórter, além da GloboNews. Cobriu diversas áreas, entre cidade, economia e política.
Beatriz Thielmann tinha 63 anos (Foto 2: RenatoVelasco/TV Globo)
Beatriz Helena Monteiro da Silva Thielmann foi a primeira repórter da TV Globo a entrevistar Fidel Castro, em 1987. Ela viajou junto com o ministro das Relações Exteriores na época, Abreu Sodré, e mais uma equipe de sete jornalistas e colunistas. Era a única repórter de televisão. A jornalista também acompanhou, por quase 20 dias, uma viagem do então presidente da República, José Sarney, à União Soviética e ao Leste Europeu.Em 2003, escreveu o livro “De mulheres para mulheres” com a médica Odilza Vidal, contando o que a medicina apresentava de novo para a vida da mulher depois dos 40 anos.
Beatriz também roteirizou e dirigiu dois documentários. Um foi “O Bicho Dá. O Bicho Toma”, em 2005, a convite da ONG Renctas, que luta pela preservação dos animais silvestres. O outro foi em 2007, “Vento Bravo”, documentário sobre a história musical de Edu Lobo, que dirigiu em parceria com a jornalista Regina Zappa.
Jampa Web Jornal
Fonte: g1.globo.com (Foto 1: Henrique Coelho/ G1)
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