CIA ensinam como passar pela segurança de aeroportos como um espião

O WikiLeaks publicou dois documentos internos da CIA que ensinam agentes secretos a enganar a segurança nos aeroportos. 

Os dois documentos, classificados como “Secret/NOFORN”, que significa que eles não podem ser compartilhados nem com agências de segurança aliadas, oferecem a espiões conselhos sobre como manter seus disfarces.

Embora algumas das informações dos documentos sejam de conhecimento público, conselhos sobre como evitar ser levado para a triagem secundária podem ser úteis para diversas pessoas, incluindo turistas e viajantes, mas também os terroristas, traficantes de drogas e criminosos comuns.

O primeiro dos documentos – intitulado “Surviving Secondary” [sobre como sobreviver na segunda triagem], cobre tudo, desde conselhos de senso comum sobre não parecer estranho até advertências sobre armadilhas mais sutis que podem transformar uma verificação de bagagem normal em uma investigação completa. 

Olha só alguns:

1. Nervosismo incomum ou ansiedade do passageiro, ou aqueles que acompanham o passageiro.
2. Falta de familiaridade com o passaporte (onde fica a página biográfica, viagens anteriores, etc).
3. Incapacidade de falar a língua do país de emissão do passaporte.
4. Compra ou mudança de itinerário no prazo de 24 horas do voo.
5. Trocar de fila ou estudo de procedimentos de segurança.

Dicas sobre bagagens incluem:

• Uma quantidade de bagagem inadequada para a duração da estadia.
• Vários novos itens, como despertadores ou notebooks, na bagagem.
• Bagagens embaladas sem cuidado quando o passageiro é supostamente um viajante de negócios experiente.
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• Mapas, guias ou outros livros não abertos e sem marcas. Mapas de cidades não-relacionadas na bagagem de um viajante supostamente turista.
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• Qualidade da câmera que não corresponde ao perfil ou cartão de memória da câmera do viajante insuficiente para uma viagem de turismo demorada.

Há ainda outras dicas ainda mais específicas dependendo do país. Por exemplo, os aeroportos japoneses prestam muita atenção para os viajantes ocidentais solitários, já que eles podem ser traficantes de droga, enquanto que no Iraque, qualquer passageiro curdo com sotaque turco é “automaticamente enviado para a secunda triagem” por medo de que ele seja de um grupo militante chamado PKK.

Se um agente for selecionado para a triagem secundária, eles são aconselhados a manter seu dirfarce “não importa o que aconteça”. Uma anedota detalha um agente da CIA pego para interrogatório por estar “vestido excessivamente informal, [que é] inconsistente com um passaporte diplomático”. Embora a equipe de segurança tenha encontrado vestígios de explosivos em sua bagagem, o oficial “disse que estava em treinamento contra-terrorismo” e acabou sendo liberado.

Um comunicado de imprensa do WikiLeaks comenta: “Este exemplo levanta a questão: se o exemplo que, supostamente, explicou que explosivos era apenas um treinamento, o que um agente da CIA realmente estava fazendo passando por um aeroporto da União Europeia com traços de explosivos nele, e por que ele pode continuar com sua viagem?”.

O segundo documento intitulado “Infiltrando Schengen” dá uma breve história e visão geral de protocolos de segurança dentro do Espaço Schengen – um grupo de 26 países europeus que aboliram controle de passaportes nas fronteiras comuns.

O relatório revela que, embora a maioria das medidas de segurança procuram por imigrantes ilegais, a CIA está preocupada com novas medidas de segurança biométrica que devem entrar em vigor no próximo ano, incluindo uma base de dados de impressões digitais que tornaria mais difícil para os agentes usarem identidades múltiplas ou falsas.

Jampa Web Jornal