Boato sobre ondas evocadas por Einstein repercute no meio científico
Físicos podem ter conseguido detectar ondas gravitacionais. Peça-chave da teoria da relatividade estaria confirmada, segundo rumor.
A comunidade científica internacional entrou em ebulição após uma mensagem postada no Twitter afirmando que físicos conseguiram detectar ondas gravitacionais, elemento-chave da teoria da relatividade geral de Einstein que, caso seja confirmada, seria considerada uma das mais importantes descobertas do nosso tempo.
Bastou apenas um tuíte do cosmólogo Lawrence Krauss, da Universidade do Estado do Arizona para dar início a uma série de especulações e excitação entre os cientistas.
"Minhas últimas informações sobre o Ligo foram confirmadas por fontes independentes. Fiquem ligados! Talvez a gente tenha descoberto ondas gravitacionais", escreveu o professor na rede social. Sua mensagem foi retuitada mais de 1.900 vezes.
Há alguns meses ele havia evocado rumores segundo os quais cientistas do 'Laser interforce gravitational-wave observatory '(Ligo) -- instalado nos Estados Unidos para tentar verificar uma das últimas grandes previsões de Einstein - estavam redigindo um artigo sobre a descoberta destas ondas.
Em geral, as descobertas científicas são divulgadas por meio de um anúncio como manda o figurino ou por meio de uma publicação em alguma revista prestigiosa.
Krauss não trabalha no projeto Ligo.
As ondas gravitacionais comprimem o espaço produzindo uma assinatura diferente no fundo cosmológico, fraca radiação luminosa deixada pelo Big Bang.
Peça-chave
Se as ondas gravitacionais tiverem sido efetivamente detectadas, isso confirmaria a última peça que faltava nas previsões de Albert Einstein há um século em sua teoria geral da relatividade.
Isso abriria novas perspectivas sobre o universo mostrando que tais ondas existem em locais como a área em torno de buracos negros no início da criação, preenchendo um enorme vazio na compreensão da formação do nosso universo.
Em março de 2014, uma equipe científica que trabalhava com o telescópio BICEP2 ('Background Imaging of Cosmic Extragalactic Polarization') no Polo Sul anunciou ter detectado vibrações do Big Bang. Os pesquisadores anunciaram depois que poderiam ter se enganado, o que ficou provado num estudo europeu de janeiro de 2015.
Uma porta-voz do projeto Ligo informou à imprensa britânica que ainda não havia anúncio a ser feito.
"Os instrumentos do Ligo ainda estão fazendo coletas hoje, e precisamos de tempo para analisar estes dados, interpretá-los e examinar os resultados, então não temos resultados para compartilhar por enquanto", explicou Gabriela Gonzalez, professora de física e de astronomia da Universidade Louisiana State.
Alguns especialistas disseram que essas supostas detecções podem ser meras simulações de treinamento, não uma verdadeira descoberta.
Krauss respondeu no Twitter: "Detalhe evocado anteriormente: fizeram testes com falsos sinais para reproduzir uma descoberta. Me disseram que não é isso".
Fãs de ciência vão ter que esperar algum tempo antes de ter acesso aos detalhes oficiais porque a primeira campanha de coleta de dados da equipe do Ligo termina na próxima terça-feira, 12 de janeiro.
"Acreditamos que teremos informações sobre os resultados das medições nos próximos meses", afirmou Gonzalez à revista "New Scientist".
Bastou apenas um tuíte do cosmólogo Lawrence Krauss, da Universidade do Estado do Arizona para dar início a uma série de especulações e excitação entre os cientistas.
"Minhas últimas informações sobre o Ligo foram confirmadas por fontes independentes. Fiquem ligados! Talvez a gente tenha descoberto ondas gravitacionais", escreveu o professor na rede social. Sua mensagem foi retuitada mais de 1.900 vezes.
Há alguns meses ele havia evocado rumores segundo os quais cientistas do 'Laser interforce gravitational-wave observatory '(Ligo) -- instalado nos Estados Unidos para tentar verificar uma das últimas grandes previsões de Einstein - estavam redigindo um artigo sobre a descoberta destas ondas.
Em geral, as descobertas científicas são divulgadas por meio de um anúncio como manda o figurino ou por meio de uma publicação em alguma revista prestigiosa.
Krauss não trabalha no projeto Ligo.
As ondas gravitacionais comprimem o espaço produzindo uma assinatura diferente no fundo cosmológico, fraca radiação luminosa deixada pelo Big Bang.
Peça-chave
Se as ondas gravitacionais tiverem sido efetivamente detectadas, isso confirmaria a última peça que faltava nas previsões de Albert Einstein há um século em sua teoria geral da relatividade.
Isso abriria novas perspectivas sobre o universo mostrando que tais ondas existem em locais como a área em torno de buracos negros no início da criação, preenchendo um enorme vazio na compreensão da formação do nosso universo.
Em março de 2014, uma equipe científica que trabalhava com o telescópio BICEP2 ('Background Imaging of Cosmic Extragalactic Polarization') no Polo Sul anunciou ter detectado vibrações do Big Bang. Os pesquisadores anunciaram depois que poderiam ter se enganado, o que ficou provado num estudo europeu de janeiro de 2015.
Uma porta-voz do projeto Ligo informou à imprensa britânica que ainda não havia anúncio a ser feito.
"Os instrumentos do Ligo ainda estão fazendo coletas hoje, e precisamos de tempo para analisar estes dados, interpretá-los e examinar os resultados, então não temos resultados para compartilhar por enquanto", explicou Gabriela Gonzalez, professora de física e de astronomia da Universidade Louisiana State.
Alguns especialistas disseram que essas supostas detecções podem ser meras simulações de treinamento, não uma verdadeira descoberta.
Krauss respondeu no Twitter: "Detalhe evocado anteriormente: fizeram testes com falsos sinais para reproduzir uma descoberta. Me disseram que não é isso".
Fãs de ciência vão ter que esperar algum tempo antes de ter acesso aos detalhes oficiais porque a primeira campanha de coleta de dados da equipe do Ligo termina na próxima terça-feira, 12 de janeiro.
"Acreditamos que teremos informações sobre os resultados das medições nos próximos meses", afirmou Gonzalez à revista "New Scientist".
Jampa Web Jornal
AFP/Imagem aérea do laboratório Ligo, na Califórnia (Foto: Ligo/Divulgação)
AFP/Imagem aérea do laboratório Ligo, na Califórnia (Foto: Ligo/Divulgação)
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