Dia 31 de março. Aniversário do golpe militar de 1964
A voz da intelectualidade se calou. O bom debate foi proibido, projetos suspensos, ideais engavetadas. O giz que traçava as linhas do pensamento não rabiscou mais o quadro negro. Negro também ficou o dia.
Com o regime militar que se instalou em 1964 e reinou por longos anos, professores e intelectuais brasileiros também foram presos, ameaçados e impedidos de difundir o conhecimento e de promover o que era uma promessa de transformação.
Alguns foram presos, espancados torturados física e psicologicamente, outros morreram dentro dos porões da ditadura. Alguns foram exilados, outros se auto exilaram. Alguns preferiram viver na clandestinidade lutando para derrubar o regime militar instaurado em 1964.
Universidades foram invadidas por tropas e pela policia. Equipamentos foram apreendidos e danificados. Fichários provas de alunos, históricos escolares foram destruídos e vandalizados.
A censura na rádio e na TV começou a se mostrar em todo o território nacional.
Depois do golpe militar de 1964 muitos educadores passaram a ser perseguidos em função de posicionamentos ideológicos. Muitos foram calados para sempre, alguns outros se exilaram, outros se recolheram à vida privada, e outros, demitidos, outros trocaram de função. Foram anos de chumbo o período entre 1964 e 1985. Ocorria no contexto uma disputa entre o mundo capitalista e o comunista.
Um golpe militar caracteriza-se pela tomada do poder de um país pelos militares, num golpe de Estado, instaurando um regime de ditadura militar com o pretexto de defender o país de interesses exteriores ou de ameaças interiores.
Quando o golpe militar aconteceu em 1964, algumas pessoas pensavam que aquela situação seria passageira. No entanto, ele veio com as mesmas características dos demais, ou seja, foi feito na "calada" da madrugada. Quando a população acordou os militares já estavam no poder.
A repressão que calou vozes criou um vazio que tornou cinzento os anos seguintes. Até os dias atuais estamos lutando para resgatar os valores perdidos como as organizações estudantis, os sindicatos e outros mais movimentos.
Em minha opinião acho que o Movimento Cívico-Militar representou muito para o povo brasileiro. 40 anos que os militares apagaram a luz do País. O Brasil ficou tão escuro que ninguém conseguiu enxergar o futuro.
Foi atendendo ao chamamento popular, trazido por multidões em passeata nas grandes cidades, que os militares deixaram os quartéis para livrar o País da desordem, da indisciplina e da corrupção que se alastravam, pondo em perigo as instituições.
O exercito ofereceu ao País, através de cinco presidentes generais, uma das maiores fases de desenvolvimento.
Nesse longo período da história brasileira, do chamado Regime Militar, o Brasil teve vários presidentes que governaram através de atos institucionais e complementares:
Governo Castelo Branco (1964 a 67),
Governo Costa e Silva (1967 a 69),
Junta Militar (de agosto a outubro de 1969),
Governo Médici (1969 a 74),
Governo Ernesto Geisel (1974 a 79),
Governo João Figueiredo (1979 a 85, quando começou a transição de volta à democracia).
Nos governos dos generais, o respeito a ética e aos padrões de moralidade com as verbas do Tesouro eram condições indispensáveis ao exercício da função pública.
Temos que reconhecer que foi na verdade, uma fase de trabalho dentro dos melhores princípios de honestidade, seriedade e segurança em beneficio da coletividade.
Mas apesar da brutalidade o legado histórico do golpe de 64 é positivo no campo do desenvolvimento econômico e tecnológico do País, especialmente para as classes dominantes, houve legados positivos: crescimento econômico e enorme concentração de riquezas, com a manutenção da ordem social e econômica estabelecida.
Agora para os trabalhadores que lutam para sobreviver e a maioria da sociedade, usufruíram apenas marginalmente daquele progresso, pois tiveram de enfrentar o arrocho salarial, o aumento das desigualdades sociais, a repressão aos opositores do regime, a restrição aos direitos e liberdades democráticas, a militarização das polícias que segue até hoje, a imposição de decretos-lei (origem das atuais medidas provisórias) etc.
Jampa Web Jornal
Fonte: Portal Administradores
Com o regime militar que se instalou em 1964 e reinou por longos anos, professores e intelectuais brasileiros também foram presos, ameaçados e impedidos de difundir o conhecimento e de promover o que era uma promessa de transformação.
Alguns foram presos, espancados torturados física e psicologicamente, outros morreram dentro dos porões da ditadura. Alguns foram exilados, outros se auto exilaram. Alguns preferiram viver na clandestinidade lutando para derrubar o regime militar instaurado em 1964.
Muitas pessoas foram presas, torturadas ou exiladas durante o período da Ditadura. Muitas permanecem desaparecidas. |
A censura na rádio e na TV começou a se mostrar em todo o território nacional.
Depois do golpe militar de 1964 muitos educadores passaram a ser perseguidos em função de posicionamentos ideológicos. Muitos foram calados para sempre, alguns outros se exilaram, outros se recolheram à vida privada, e outros, demitidos, outros trocaram de função. Foram anos de chumbo o período entre 1964 e 1985. Ocorria no contexto uma disputa entre o mundo capitalista e o comunista.
Um golpe militar caracteriza-se pela tomada do poder de um país pelos militares, num golpe de Estado, instaurando um regime de ditadura militar com o pretexto de defender o país de interesses exteriores ou de ameaças interiores.
Quando o golpe militar aconteceu em 1964, algumas pessoas pensavam que aquela situação seria passageira. No entanto, ele veio com as mesmas características dos demais, ou seja, foi feito na "calada" da madrugada. Quando a população acordou os militares já estavam no poder.
A repressão que calou vozes criou um vazio que tornou cinzento os anos seguintes. Até os dias atuais estamos lutando para resgatar os valores perdidos como as organizações estudantis, os sindicatos e outros mais movimentos.
Em minha opinião acho que o Movimento Cívico-Militar representou muito para o povo brasileiro. 40 anos que os militares apagaram a luz do País. O Brasil ficou tão escuro que ninguém conseguiu enxergar o futuro.
Foi atendendo ao chamamento popular, trazido por multidões em passeata nas grandes cidades, que os militares deixaram os quartéis para livrar o País da desordem, da indisciplina e da corrupção que se alastravam, pondo em perigo as instituições.
Nesse longo período da história brasileira, do chamado Regime Militar, o Brasil teve vários presidentes que governaram através de atos institucionais e complementares:
Governo Castelo Branco (1964 a 67),
Governo Costa e Silva (1967 a 69),
Junta Militar (de agosto a outubro de 1969),
Governo Médici (1969 a 74),
Governo Ernesto Geisel (1974 a 79),
Governo João Figueiredo (1979 a 85, quando começou a transição de volta à democracia).
Nos governos dos generais, o respeito a ética e aos padrões de moralidade com as verbas do Tesouro eram condições indispensáveis ao exercício da função pública.
Temos que reconhecer que foi na verdade, uma fase de trabalho dentro dos melhores princípios de honestidade, seriedade e segurança em beneficio da coletividade.
Mas apesar da brutalidade o legado histórico do golpe de 64 é positivo no campo do desenvolvimento econômico e tecnológico do País, especialmente para as classes dominantes, houve legados positivos: crescimento econômico e enorme concentração de riquezas, com a manutenção da ordem social e econômica estabelecida.
Agora para os trabalhadores que lutam para sobreviver e a maioria da sociedade, usufruíram apenas marginalmente daquele progresso, pois tiveram de enfrentar o arrocho salarial, o aumento das desigualdades sociais, a repressão aos opositores do regime, a restrição aos direitos e liberdades democráticas, a militarização das polícias que segue até hoje, a imposição de decretos-lei (origem das atuais medidas provisórias) etc.
Jampa Web Jornal
Fonte: Portal Administradores
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