Golpismo não vai ter um dia de paz, diz coordenador nacional do MST
O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, afirmou que o "golpe" contra o governo da presidente Dilma Rousseff pode até conquistar parte do Congresso, mas não vai passar nas ruas. "O golpismo não vai ter um dia de paz, não vai conseguir governar este País", comentou em evento promovido por movimentos sociais e sindicais em defesa do governo, que contou antes com um discurso do ex-presidente Lula.
Segundo Boulos, o Brasil não quer um presidente "biônico" como Michel Temer, que aparece com menos de 1% nas pesquisas de intenção de voto. "O País também não quer um vice-presidente canalha e bandido como Eduardo Cunha", afirmou. Segundo ele, um governo Temer significaria um ataque aos direitos trabalhistas e o fim dos programas sociais.
Mesmo defendendo o governo, o líder do MTST não poupou críticas às políticas econômicas de Dilma. Segundo ele, na segunda-feira, barrado o impeachment, o governo precisa mudar de rumo. "Dilma tem de entender o recado de quem está nas ruas nos últimos dias. Na segunda-feira a gente não quer ouvir falar de ajuste fiscal, de reforma da Previdência. A gente quer reforma urbana, reforma agrária, tributária, e democratização das comunicações e do sistema político", disse. "É importante que a Dilma, depois de vencido o golpismo, compreenda e encampe essa agenda", acrescentou.
Ele também criticou a ideia, veiculada por Dilma, de promover um amplo pacto nacional após o impeachment ter sido barrado. "O único pacto que nós vamos admitir é com o povo brasileiro e os interesses populares", alertou.
'Conquistar votos é uma guerra', diz Lula
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que deve continuar negociando com governadores e deputados neste sábado para conseguir votos contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
"Conquistar votos é uma guerra, parece a Bolsa de Valores, sobe e desce toda hora, então temos que ficar negociando o tempo todo. Hoje, eu ainda vou conversar com três governadores", comentou em um breve discurso durante evento público com movimentos sociais e sindicatos, no Ginásio Nilson Nelson, em Brasília.
Lula criticou o vice-presidente da República, Michel Temer, e disse que, se ele quer ser presidente, deve disputar eleições, e não tentar promover um golpe. "O PMDB é um partido grande, o Temer pode se candidatar em 2018, e aí nós vamos debater, discutir ideias", afirmou. "Por que tentar encurtar o mandato da Dilma se ela não cometeu nenhum crime de responsabilidade?", questionou.
O ex-presidente lembrou que ele e diversos membros dos movimentos sociais presentes no evento são da geração do golpe militar de 1964, sendo que muitos morreram na luta pela democracia. "Nós resistimos 21 anos até conseguir retomar a democracia".
Segundo Lula, parece que a elite brasileira não gosta muito de democracia, porque é só as classes mais baixas conquistarem algumas coisas que a elite se incomoda. Ele lembrou os exemplos de Getúlio Vargas e João Goulart, que sofreram grandes pressões das elites.
Lula disse que o PT nunca pregou o ódio e a discórdia e sabe conviver com divergência de opiniões, mas respeitando as regras democráticas. Já a oposição, segundo ele, tem um conceito de democracia diferente. "A democracia deles não respeita o direito a diferenças. E não adianta carregar bandeiras verdes e amarelas para dizer que são mais brasileiros que a gente", afirmou. "Nós somos trabalhadores. Baderneiro é quem quer derrubar a Dilma com um golpe no Congresso Nacional".
Segundo Lula, a luta é pela democracia e o respeito à Constituição, por isso é importante conversar com os deputados para convencê-los a barrar o impeachment. "Nós não vamos sair do Brasil, não vamos nos exilar, vamos lutar pela democracia", garantiu.
Ele lembrou que amanhã, durante a votação do impeachment na Câmara, pode ter gente que queira "provocar, causar tumultos", mas os apoiadores do governo não podem aceitar provocações.
Jampa Web Jornal
Fonte: Estadão Conteúdofoto:José Cruz/Agência Brasil/JC
Segundo Boulos, o Brasil não quer um presidente "biônico" como Michel Temer, que aparece com menos de 1% nas pesquisas de intenção de voto. "O País também não quer um vice-presidente canalha e bandido como Eduardo Cunha", afirmou. Segundo ele, um governo Temer significaria um ataque aos direitos trabalhistas e o fim dos programas sociais.
Mesmo defendendo o governo, o líder do MTST não poupou críticas às políticas econômicas de Dilma. Segundo ele, na segunda-feira, barrado o impeachment, o governo precisa mudar de rumo. "Dilma tem de entender o recado de quem está nas ruas nos últimos dias. Na segunda-feira a gente não quer ouvir falar de ajuste fiscal, de reforma da Previdência. A gente quer reforma urbana, reforma agrária, tributária, e democratização das comunicações e do sistema político", disse. "É importante que a Dilma, depois de vencido o golpismo, compreenda e encampe essa agenda", acrescentou.
Ele também criticou a ideia, veiculada por Dilma, de promover um amplo pacto nacional após o impeachment ter sido barrado. "O único pacto que nós vamos admitir é com o povo brasileiro e os interesses populares", alertou.
'Conquistar votos é uma guerra', diz Lula
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que deve continuar negociando com governadores e deputados neste sábado para conseguir votos contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff.
"Conquistar votos é uma guerra, parece a Bolsa de Valores, sobe e desce toda hora, então temos que ficar negociando o tempo todo. Hoje, eu ainda vou conversar com três governadores", comentou em um breve discurso durante evento público com movimentos sociais e sindicatos, no Ginásio Nilson Nelson, em Brasília.
Lula criticou o vice-presidente da República, Michel Temer, e disse que, se ele quer ser presidente, deve disputar eleições, e não tentar promover um golpe. "O PMDB é um partido grande, o Temer pode se candidatar em 2018, e aí nós vamos debater, discutir ideias", afirmou. "Por que tentar encurtar o mandato da Dilma se ela não cometeu nenhum crime de responsabilidade?", questionou.
O ex-presidente lembrou que ele e diversos membros dos movimentos sociais presentes no evento são da geração do golpe militar de 1964, sendo que muitos morreram na luta pela democracia. "Nós resistimos 21 anos até conseguir retomar a democracia".
Segundo Lula, parece que a elite brasileira não gosta muito de democracia, porque é só as classes mais baixas conquistarem algumas coisas que a elite se incomoda. Ele lembrou os exemplos de Getúlio Vargas e João Goulart, que sofreram grandes pressões das elites.
Lula disse que o PT nunca pregou o ódio e a discórdia e sabe conviver com divergência de opiniões, mas respeitando as regras democráticas. Já a oposição, segundo ele, tem um conceito de democracia diferente. "A democracia deles não respeita o direito a diferenças. E não adianta carregar bandeiras verdes e amarelas para dizer que são mais brasileiros que a gente", afirmou. "Nós somos trabalhadores. Baderneiro é quem quer derrubar a Dilma com um golpe no Congresso Nacional".
Segundo Lula, a luta é pela democracia e o respeito à Constituição, por isso é importante conversar com os deputados para convencê-los a barrar o impeachment. "Nós não vamos sair do Brasil, não vamos nos exilar, vamos lutar pela democracia", garantiu.
Ele lembrou que amanhã, durante a votação do impeachment na Câmara, pode ter gente que queira "provocar, causar tumultos", mas os apoiadores do governo não podem aceitar provocações.
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Fonte: Estadão Conteúdofoto:José Cruz/Agência Brasil/JC
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