CARTÃO DE CRÉDITO: Compras parceladas sem juros podem estar com os dias contados
A Associação Brasileira de Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) apresentou ao Banco Central, na última semana, uma proposta que pode colocar em risco as compras parceladas sem juros nos cartões de crédito.
Segundo o plano, os lojistas poderão oferecer aos consumidores a opção de financiar suas compras por meio da instituição emissora do cartão, com juros por elas aplicados. Vale ressaltar que os parcelamentos sem juros, atualmente, representam aproximadamente R$ 400 bilhões, o que equivale a cerca de 7% do PIB do Brasil.
A Abecs representa o interesse de grandes instituições financeiras, que possuem 78% de participação do mercado de máquinas de cartão e 93% do mercado de emissão de cartões de crédito. Se a medida for para frente, o impacto na economia pode ser avassalador, segundo associações que representam o coméricio, como a Associação Brasileira de Internet (Abranet) e Fecomercio.
Eduardo Parajo, presidente da Abranet, defende que o parcelamento sem juros é um avanço para o consumidor que, dada a proposta em análise no Banco Central, se encontra em risco: "O parcelamento sem juros no cartão é muito importante para o consumidor, para os lojistas e para a economia. Vendas parceladas sem juros representam mais de 50% das vendas com cartão, totalizando R$ 400 bilhões (7% do PIB). Quando substituiu o cheque pré-datado, décadas atrás, diminuiu os custos para consumidores, lojistas e aumentou a eficiência do sistema".
Segundo a explicação de Parajo, a mudança proposta tem como objetivo dificultar a compra parcelada através de cartões de crédito: "Pretendem encarecer o parcelado sem juros para viabilizar o parcelado com juros. Isto seria muito prejudicial para a economia. O parcelado sem juros faz parte da economia brasileira, e tem funcionado muito bem por décadas".
Além de ter o poder de diminuir o poder de compra do consumidor e abalar, assim, o comércio e a economia do país, a proposta pode também piorar o superendividamento do consumidor. Sobre isso, afirma Parajo: "A proposta de criação de um parcelado com cobrança de juros ao consumidor encarece o uso do cartão e, por isso, há retrocesso e risco de maior endividamento do consumidor. Isso porque, além de pagar os juros mensais na nova modalidade de parcelado, o consumidor continuará exposto a juros de parcelamento e rotativo, de mais de 100% ao ano. E o cheque pré-datado e o papel-moeda voltariam à cena, o que onera o lojista e expõe o consumidor a riscos de fraude e roubo".
Jampa Web Jornal
Fonte:UOL/Redação/Jorge Correia
Segundo o plano, os lojistas poderão oferecer aos consumidores a opção de financiar suas compras por meio da instituição emissora do cartão, com juros por elas aplicados. Vale ressaltar que os parcelamentos sem juros, atualmente, representam aproximadamente R$ 400 bilhões, o que equivale a cerca de 7% do PIB do Brasil.
A Abecs representa o interesse de grandes instituições financeiras, que possuem 78% de participação do mercado de máquinas de cartão e 93% do mercado de emissão de cartões de crédito. Se a medida for para frente, o impacto na economia pode ser avassalador, segundo associações que representam o coméricio, como a Associação Brasileira de Internet (Abranet) e Fecomercio.
Eduardo Parajo, presidente da Abranet, defende que o parcelamento sem juros é um avanço para o consumidor que, dada a proposta em análise no Banco Central, se encontra em risco: "O parcelamento sem juros no cartão é muito importante para o consumidor, para os lojistas e para a economia. Vendas parceladas sem juros representam mais de 50% das vendas com cartão, totalizando R$ 400 bilhões (7% do PIB). Quando substituiu o cheque pré-datado, décadas atrás, diminuiu os custos para consumidores, lojistas e aumentou a eficiência do sistema".
Segundo a explicação de Parajo, a mudança proposta tem como objetivo dificultar a compra parcelada através de cartões de crédito: "Pretendem encarecer o parcelado sem juros para viabilizar o parcelado com juros. Isto seria muito prejudicial para a economia. O parcelado sem juros faz parte da economia brasileira, e tem funcionado muito bem por décadas".
Além de ter o poder de diminuir o poder de compra do consumidor e abalar, assim, o comércio e a economia do país, a proposta pode também piorar o superendividamento do consumidor. Sobre isso, afirma Parajo: "A proposta de criação de um parcelado com cobrança de juros ao consumidor encarece o uso do cartão e, por isso, há retrocesso e risco de maior endividamento do consumidor. Isso porque, além de pagar os juros mensais na nova modalidade de parcelado, o consumidor continuará exposto a juros de parcelamento e rotativo, de mais de 100% ao ano. E o cheque pré-datado e o papel-moeda voltariam à cena, o que onera o lojista e expõe o consumidor a riscos de fraude e roubo".
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