Inteligência Artificial pode ser a chave para decifrar o Manuscrito Voynich
Desde a sua descoberta, há mais de cem anos, o manuscrito Voynich, de 240 páginas, preenchido com linguagem aparentemente codificada, confundiu linguistas e criptógrafos. A Inteligência Artificial poderia ser a chave para decifrar este misterioso documento da Idade Média.
O manuscrito Voynich está escrito numa língua desconhecida, uma linguagem aparentemente codificada, e o conteúdo e o significado continuam a ser um enigma que os especialistas, embora tenham estudado durante os últimos anos, não conseguiram decifrar.
Este códice do século XV, uma homenagem ao comerciante de livros usados Wilfrid Voynich, é um livro pequeno, com uma capa frágil, com 240 páginas que incluem desenhos que parecem visões alucinogênicas, plantas estranhas, símbolos astrológicos, criaturas em forma de medusas e o que parece ser uma lagosta.
Embora tenha sido estudado durante décadas, nunca ninguém o conseguiu decifrar. Mas, o que para muitos continua a ser um mistério ainda por resolver, para Greg Kondrak, especialista em processamento de linguagem natural da Universidade de Alberta, nada mais é do que um verdadeiro desafio para a Inteligência Artificial.
Segundo o Gizmodo, em parceria com Bradley Hauer, um estudante de pós-graduação, conseguiram dar um grande passo ao descobrirem que o texto está escrito no que parece ser a língua hebraica, com letras dispostas num padrão fixo. O significado do manuscrito, porém, ainda não foi analisado.
Decidiram, então, aplicar a Inteligência Artificial e traduzir a Declaração Universal dos Direitos Humanos, escrita em 380 idiomas diferente, em busca de padrões. Depois, elaboraram um sofisticado algoritmo estatístico que conseguiu determinar a tradução com uma probabilidade muito alta de 97%.
O algoritmo sugeriu que o idioma do manuscrito Voynich era hebraico codificado. A análise revelou que no texto do manuscrito as consoantes foram reordenadas, enquanto as vogais foram omitidas por completo. “Isto é surpreendente”, disse Kondrak. “E dizer que está escrito em hebraico é o primeiro passo. O próximo é decifrá-lo.”
No passo seguinte da investigação, decidiram partir de uma hipótese proposta por investigadores anteriores: a de que o teto foi substituído por um anagrama ordenado alfabeticamente. Isto é, segundo essa hipótese, a palavra “ZAP” iria aparecer escrita como “APZ”, de acordo com a ordem do alfabeto.
Partindo do pressuposto de que o texto está codificado em hebraico, os investigadores desenvolveram um algoritmo que poderia levar esses anagramas a criar palavras hebraicas. “Mais de 80% das palavras estavam escritas num dicionário hebreu, mas não sabíamos se faziam sentido juntas”, contou Kondrak.
Por fim, Kondrak e Hauer decidiram traduzir a primeira frase do manuscrito Voynich, com a ajuda de Moshe Koppel, um cientista da computação, falante nativo de hebraico.
“Ela fez recomendações ao padre, ao dono da casa, a mim e às pessoas“, escreveram os investigadores no estudo publicado na semana passada na Transactions of the Association of Computational Linguistics.
Embora não tenham decifrado o manuscrito, Kondrak e Hauer conseguiram desmistificá-lo, decifrando o idioma (hebraico) e o esquema de codificação em que as letras ficam dispostas segundo a ordem do alfabeto.
Esta descoberta abre as portas à aplicação deste algoritmo a outros códices antigos, destacando o potencial da Inteligência Artificial para resolver problemas que os humanos andam a tentar solucionar à décadas.
Jampa Web Jornal
Fonte:ZAP/Beinecke Library / Wikimedia/Redação-JWJ
O manuscrito Voynich está escrito numa língua desconhecida, uma linguagem aparentemente codificada, e o conteúdo e o significado continuam a ser um enigma que os especialistas, embora tenham estudado durante os últimos anos, não conseguiram decifrar.
Este códice do século XV, uma homenagem ao comerciante de livros usados Wilfrid Voynich, é um livro pequeno, com uma capa frágil, com 240 páginas que incluem desenhos que parecem visões alucinogênicas, plantas estranhas, símbolos astrológicos, criaturas em forma de medusas e o que parece ser uma lagosta.
Embora tenha sido estudado durante décadas, nunca ninguém o conseguiu decifrar. Mas, o que para muitos continua a ser um mistério ainda por resolver, para Greg Kondrak, especialista em processamento de linguagem natural da Universidade de Alberta, nada mais é do que um verdadeiro desafio para a Inteligência Artificial.
Segundo o Gizmodo, em parceria com Bradley Hauer, um estudante de pós-graduação, conseguiram dar um grande passo ao descobrirem que o texto está escrito no que parece ser a língua hebraica, com letras dispostas num padrão fixo. O significado do manuscrito, porém, ainda não foi analisado.
Decidiram, então, aplicar a Inteligência Artificial e traduzir a Declaração Universal dos Direitos Humanos, escrita em 380 idiomas diferente, em busca de padrões. Depois, elaboraram um sofisticado algoritmo estatístico que conseguiu determinar a tradução com uma probabilidade muito alta de 97%.
O algoritmo sugeriu que o idioma do manuscrito Voynich era hebraico codificado. A análise revelou que no texto do manuscrito as consoantes foram reordenadas, enquanto as vogais foram omitidas por completo. “Isto é surpreendente”, disse Kondrak. “E dizer que está escrito em hebraico é o primeiro passo. O próximo é decifrá-lo.”
No passo seguinte da investigação, decidiram partir de uma hipótese proposta por investigadores anteriores: a de que o teto foi substituído por um anagrama ordenado alfabeticamente. Isto é, segundo essa hipótese, a palavra “ZAP” iria aparecer escrita como “APZ”, de acordo com a ordem do alfabeto.
Partindo do pressuposto de que o texto está codificado em hebraico, os investigadores desenvolveram um algoritmo que poderia levar esses anagramas a criar palavras hebraicas. “Mais de 80% das palavras estavam escritas num dicionário hebreu, mas não sabíamos se faziam sentido juntas”, contou Kondrak.
Por fim, Kondrak e Hauer decidiram traduzir a primeira frase do manuscrito Voynich, com a ajuda de Moshe Koppel, um cientista da computação, falante nativo de hebraico.
“Ela fez recomendações ao padre, ao dono da casa, a mim e às pessoas“, escreveram os investigadores no estudo publicado na semana passada na Transactions of the Association of Computational Linguistics.
Embora não tenham decifrado o manuscrito, Kondrak e Hauer conseguiram desmistificá-lo, decifrando o idioma (hebraico) e o esquema de codificação em que as letras ficam dispostas segundo a ordem do alfabeto.
Esta descoberta abre as portas à aplicação deste algoritmo a outros códices antigos, destacando o potencial da Inteligência Artificial para resolver problemas que os humanos andam a tentar solucionar à décadas.
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