O que protege o Brasil de uma crise como a argentina são as reservas acumuladas durante os governos Lula e Dilma
Foto: Dilma e Lula: ela, retirada do governo; ele, preso.
O que protege o Brasil de uma crise similar à da Argentina são as reservas acumuladas pelo país: 370 bilhões de dólares. A maior deste patrimônio foi construído durante os governos de Dilma e Lula.
Quando Lula assumiu, em 2003, encontrou o Brasil com reserva de 17 bilhões de dólares — descontado o empréstimo do FMI, do qual o Brasil dependia à época.
Dilma, ao ser retirada do governo, em 2016, deixou em reservas — uma espécie de poupança cambial — algo em torno de 380 bilhões de dólares, que se mantêm.
E pensar que o pretexto para tirar Dilma do poder foi o descontrole das contas públicas, com a exploração de uma manobra contável a que se deu o nome pedalada fiscal.
Na Argentina, sob Maurício Macri, um governo de ortodoxia econômica, as reservas despencaram e hoje depende do FMI para não quebrar, e elevou a taxa de juros a 60% ao ano.
Chega a ser irônico que veículos de comunicação brasileiros que elogiavam Macri pela ortodoxia, como a Folha de S.Paulo, agora procurem uma explicação para o fracasso. É o caso do editorial da Folha de hoje — Sufoco argentino –, em que escreve:
“Fica claro, hoje, que o programa liberal argentino foi por demais otimista em sua estratégia de ajuste gradual do Orçamento —contava-se que haveria ampla oferta de empréstimos em moeda forte, dos quais o país depende para cobrir o déficit, e confiança dos mercados na equipe econômica.
Entretanto o cenário internacional se afigura hoje mais hostil aos emergentes, dado que as taxas de juros americanas estão em alta.
Para Macri, também o quadro político se deteriora. Pesquisas mostram queda aguda de sua aprovação, de mais de 50% para algo mais próximo de 30%. A hipótese de derrota eleitoral ficou mais próxima, o que por sua vez assusta credores.
Se o Brasil vive situação distinta, por não depender de capital estrangeiro, a crise ao lado alerta que o prazo para o conserto das contas públicas se tornou mais exíguo.”
O jornal, que apresentava Macri como exemplo, agora quer usar a pindaíba dos argentinos para defender as reformas recessivas.
A prioridade do Brasil está no combate à desigualdade social, com a ampliação do mercado, e em consequência o crescimento econômico.
Tudo isso, claro, com responsabilidade fiscal, que, aliás, não saiu do controle sob Lula e Dilma.
São fatos. O resto são conversas de Miriam Leitão e Carlos Alberto Sardenberg.
PS: Sob Lula e Dilma, o Brasil tinha tinha também o Fundo Soberano, formado sobretudo por receitas do petróleo, criado para o Brasil usar em tempos de crise. Com Temer, o fundo acabou, e os recursos foram incorporados ao orçamento.
Jampa Web Jornal
Fonte:DCM/Jorge Correia/J.Alves
O que protege o Brasil de uma crise similar à da Argentina são as reservas acumuladas pelo país: 370 bilhões de dólares. A maior deste patrimônio foi construído durante os governos de Dilma e Lula.
Quando Lula assumiu, em 2003, encontrou o Brasil com reserva de 17 bilhões de dólares — descontado o empréstimo do FMI, do qual o Brasil dependia à época.
Dilma, ao ser retirada do governo, em 2016, deixou em reservas — uma espécie de poupança cambial — algo em torno de 380 bilhões de dólares, que se mantêm.
E pensar que o pretexto para tirar Dilma do poder foi o descontrole das contas públicas, com a exploração de uma manobra contável a que se deu o nome pedalada fiscal.
Na Argentina, sob Maurício Macri, um governo de ortodoxia econômica, as reservas despencaram e hoje depende do FMI para não quebrar, e elevou a taxa de juros a 60% ao ano.
Chega a ser irônico que veículos de comunicação brasileiros que elogiavam Macri pela ortodoxia, como a Folha de S.Paulo, agora procurem uma explicação para o fracasso. É o caso do editorial da Folha de hoje — Sufoco argentino –, em que escreve:
“Fica claro, hoje, que o programa liberal argentino foi por demais otimista em sua estratégia de ajuste gradual do Orçamento —contava-se que haveria ampla oferta de empréstimos em moeda forte, dos quais o país depende para cobrir o déficit, e confiança dos mercados na equipe econômica.
Entretanto o cenário internacional se afigura hoje mais hostil aos emergentes, dado que as taxas de juros americanas estão em alta.
Para Macri, também o quadro político se deteriora. Pesquisas mostram queda aguda de sua aprovação, de mais de 50% para algo mais próximo de 30%. A hipótese de derrota eleitoral ficou mais próxima, o que por sua vez assusta credores.
Se o Brasil vive situação distinta, por não depender de capital estrangeiro, a crise ao lado alerta que o prazo para o conserto das contas públicas se tornou mais exíguo.”
O jornal, que apresentava Macri como exemplo, agora quer usar a pindaíba dos argentinos para defender as reformas recessivas.
A prioridade do Brasil está no combate à desigualdade social, com a ampliação do mercado, e em consequência o crescimento econômico.
Tudo isso, claro, com responsabilidade fiscal, que, aliás, não saiu do controle sob Lula e Dilma.
São fatos. O resto são conversas de Miriam Leitão e Carlos Alberto Sardenberg.
PS: Sob Lula e Dilma, o Brasil tinha tinha também o Fundo Soberano, formado sobretudo por receitas do petróleo, criado para o Brasil usar em tempos de crise. Com Temer, o fundo acabou, e os recursos foram incorporados ao orçamento.
Jampa Web Jornal
Fonte:DCM/Jorge Correia/J.Alves
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