ELEIÇÕES 2018: Datafolha: empate quádruplo em 2º lugar e pouco efeito para Bolsonaro após ataque
Esta é a primeira pesquisa do instituto que não traz nenhum cenário com o ex-presidente Lula. Ciro Gomes (13%), Marina Silva (11%), Geraldo Alckmin (10%) e Haddad (9%) tecnicamente empatados.
A primeira pesquisa Datafolha divulgada após o atentado ao deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ), na última quinta-feira, mostra uma pequena oscilação positiva para o candidato do PSL à presidência da República, de 22% para 24%, dentro da margem de erro, de 2 pontos para mais ou para menos. Quem apresentou maior oscilação positiva foi o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), que tinha 4% e, agora, aparece com 9% — a expectativa é de que sua candidatura seja oficializada em substituição à do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira.
O ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) teve o segundo melhor desempenho: saiu de 10% para 13%. Já o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) teve oscilação modesta, de 9% para 10%. O pior cenário é o da ex-ministra Marina Silva (Rede), que tinha 16% na última pesquisa e agora aparece com 11%. A queda de Marina foi mais acentuada entre as mulheres, passando de 19% para 12%. Já Bolsonaro aumentou sua popularidade entre o público feminino, com oscilação de 14% para 17%.
Essa é a primeira pesquisa Datafolha que não inclui o nome do ex-presidente Lula, cuja candidatura foi barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O levantamento divulgado nesta segunda-feira — e pesquisado também nesta segunda-feira, com perguntas a 2.804 pessoas — chegou a ser adiado por conta das dúvidas em relação às formalidades decorrentes da decisão do TSE em relação Lula. Boa parte da expectativa em relação a essa pesquisa estava depositada no efeito da comoção causada pelo ataque a faca a Bolsonaro. O deputado não apenas oscilou pouco positivamente como sua rejeição subiu de 39% para 43%.
A segunda candidata mais rejeitada da pesquisa é Marina Silva, com 29% — antes era 25%. Outra rejeição que oscilou para cima foi a de Haddad, de 21% para 22%. Alckmin teve queda na rejeição, de 26% para 24%, assim como Ciro, que deixou o patamar de 23% para o de 20%. O segundo pelotão tem o senador Alvaro Dias (Podemos-PR), o ex-ministro Henrique Meirelles (MDB) e João Amoêdo (Novo) com 3%. O restante dos deputados não soma mais de 1% cada.
A pesquisa também mostra uma queda na taxa de brancos ou nulos, de 22% para 15%. A taxa de indecisos ficou estável, oscilando de 6% para 7%. Quando questionados se já decidiram o voto para presidente, 55% se disseram "totalmente decididos" em quem vão votar — os outros 45% dizem que seus votos ainda podem mudar ou que ainda não sabem. Quem demonstrou mais certeza foram os homens (61%), a faixa etária de 45 a 59 anos (60%) e quem tem renda familiar maior que 10 salário mínimos.
Nos cenários de segundo turno, Bolsonaro não tem vida fácil contra nenhum adversário, e teria chance de vitória apenas contra Haddad. Os dois aparecem tecnicamente empatados: 39% para o petista e 38% para o deputado do PSL. Bolsonaro perderia para Marina (por 43% a 37%), Alckmin (43% a 34%) e Ciro (45% a 35%). Ciro ganharia em todos os outros cenários pesquisados: de Alckmin (39% a 35%) e Marina (41% a 35%).
OS PRINCIPAIS NÚMEROS DA PESQUISA
Intenção de voto
(Entre parênteses o índice de cada candidato na pesquisa anterior, aplicada entre os dias 20 e 21/08)
Jair Bolsonaro (PSL): 24% (22%)
Ciro Gomes (PDT): 13% (10%)
Marina Silva (Rede): 11% (16%)
Geraldo Alckmin (PSDB): 10% (9%)
Fernando Haddad (PT): 9% (4%)
Alvaro Dias (Podemos): 3% (4%)
João Amoêdo (Novo): 3% (2%)
Henrique Meirelles (MDB): 3% (2%)
Guilherme Boulos (PSOL): 1% (1%)
Cabo Daciolo (Patriota): 1% (1%)
Vera (PSTU): 1% (1%)
João Goulart Filho (PPL): 0% (1%)
Eymael (DC): 0% (0%)
Branco/nulos: 15% (22%)
Não sabe: 7% (6%)
Rejeição dos candidatos
Jair Bolsonaro (PSL): 43% (39%)
Marina Silva (Rede): 29% (25%)
Geraldo Alckmin (PSDB): 24% (26%)
Ciro Gomes (PDT): 20% (23%)
Fernando Haddad (PT): 22% (21%)
Rejeita todos/não votaria em nenhum: 5%
Poderia votar em todos: 1%
Não sabe/não respondeu: 10%
Jampa Web Jornal
Fonte:Rodolfo Borges/El País/ Foto topo: O boneco inflável de Bolsonaro entre pedestres na avenida Paulista no domingo. SEBASTIÃO MOREIRA EFE/Jorge Correia/J.Alves
A primeira pesquisa Datafolha divulgada após o atentado ao deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ), na última quinta-feira, mostra uma pequena oscilação positiva para o candidato do PSL à presidência da República, de 22% para 24%, dentro da margem de erro, de 2 pontos para mais ou para menos. Quem apresentou maior oscilação positiva foi o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), que tinha 4% e, agora, aparece com 9% — a expectativa é de que sua candidatura seja oficializada em substituição à do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira.
O ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) teve o segundo melhor desempenho: saiu de 10% para 13%. Já o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) teve oscilação modesta, de 9% para 10%. O pior cenário é o da ex-ministra Marina Silva (Rede), que tinha 16% na última pesquisa e agora aparece com 11%. A queda de Marina foi mais acentuada entre as mulheres, passando de 19% para 12%. Já Bolsonaro aumentou sua popularidade entre o público feminino, com oscilação de 14% para 17%.
Essa é a primeira pesquisa Datafolha que não inclui o nome do ex-presidente Lula, cuja candidatura foi barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O levantamento divulgado nesta segunda-feira — e pesquisado também nesta segunda-feira, com perguntas a 2.804 pessoas — chegou a ser adiado por conta das dúvidas em relação às formalidades decorrentes da decisão do TSE em relação Lula. Boa parte da expectativa em relação a essa pesquisa estava depositada no efeito da comoção causada pelo ataque a faca a Bolsonaro. O deputado não apenas oscilou pouco positivamente como sua rejeição subiu de 39% para 43%.
A segunda candidata mais rejeitada da pesquisa é Marina Silva, com 29% — antes era 25%. Outra rejeição que oscilou para cima foi a de Haddad, de 21% para 22%. Alckmin teve queda na rejeição, de 26% para 24%, assim como Ciro, que deixou o patamar de 23% para o de 20%. O segundo pelotão tem o senador Alvaro Dias (Podemos-PR), o ex-ministro Henrique Meirelles (MDB) e João Amoêdo (Novo) com 3%. O restante dos deputados não soma mais de 1% cada.
A pesquisa também mostra uma queda na taxa de brancos ou nulos, de 22% para 15%. A taxa de indecisos ficou estável, oscilando de 6% para 7%. Quando questionados se já decidiram o voto para presidente, 55% se disseram "totalmente decididos" em quem vão votar — os outros 45% dizem que seus votos ainda podem mudar ou que ainda não sabem. Quem demonstrou mais certeza foram os homens (61%), a faixa etária de 45 a 59 anos (60%) e quem tem renda familiar maior que 10 salário mínimos.
Nos cenários de segundo turno, Bolsonaro não tem vida fácil contra nenhum adversário, e teria chance de vitória apenas contra Haddad. Os dois aparecem tecnicamente empatados: 39% para o petista e 38% para o deputado do PSL. Bolsonaro perderia para Marina (por 43% a 37%), Alckmin (43% a 34%) e Ciro (45% a 35%). Ciro ganharia em todos os outros cenários pesquisados: de Alckmin (39% a 35%) e Marina (41% a 35%).
OS PRINCIPAIS NÚMEROS DA PESQUISA
Intenção de voto
(Entre parênteses o índice de cada candidato na pesquisa anterior, aplicada entre os dias 20 e 21/08)
Jair Bolsonaro (PSL): 24% (22%)
Ciro Gomes (PDT): 13% (10%)
Marina Silva (Rede): 11% (16%)
Geraldo Alckmin (PSDB): 10% (9%)
Fernando Haddad (PT): 9% (4%)
Alvaro Dias (Podemos): 3% (4%)
João Amoêdo (Novo): 3% (2%)
Henrique Meirelles (MDB): 3% (2%)
Guilherme Boulos (PSOL): 1% (1%)
Cabo Daciolo (Patriota): 1% (1%)
Vera (PSTU): 1% (1%)
João Goulart Filho (PPL): 0% (1%)
Eymael (DC): 0% (0%)
Branco/nulos: 15% (22%)
Não sabe: 7% (6%)
Rejeição dos candidatos
Jair Bolsonaro (PSL): 43% (39%)
Marina Silva (Rede): 29% (25%)
Geraldo Alckmin (PSDB): 24% (26%)
Ciro Gomes (PDT): 20% (23%)
Fernando Haddad (PT): 22% (21%)
Rejeita todos/não votaria em nenhum: 5%
Poderia votar em todos: 1%
Não sabe/não respondeu: 10%
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Fonte:Rodolfo Borges/El País/ Foto topo: O boneco inflável de Bolsonaro entre pedestres na avenida Paulista no domingo. SEBASTIÃO MOREIRA EFE/Jorge Correia/J.Alves
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