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PARAPLÉGICOS VOLTAM A ANDAR: Implante de medula, ajuda pacientes desenganados a andarem de novo


Especialistas colocaram eletrodos na parte inferior das costas de cinco pacientes, que recuperaram movimentos das pernas.

KELLY THOMAS CONSEGUIU CAMINHAR COM UM ANDADOR APÓS 81 SESSÕES DE ESTÍMULOS ELÉTRICOS

Pesquisadores dos Estados Unidos aplicaram um dispositivo que estimula a medula espinhal por meio de atividade elétrica em cinco pacientes paraplégicos. Os resultados indicam que três pessoas já conseguiram caminhar novamente. Segundo os estudiosos, o item foi usado em conjunto com treinamento físico.

"É incrível poder vê-los dando seus primeiros passos", disse Claudia Angeli, do Centro de Pesquisa de Lesão Medular na Universidade de Louisville, nos EUA, co-autora do projeto, que foi publicado no periódico New England Journal of Medicine.

Angeli e seus colegas implantaram 16 eletrodos na parte inferior das costas de pacientes que haviam perdido o movimento de seus membros inferiores. O dispositivo, desenvolvido há alguns anos para o controle da dor, foi colocado abaixo do local da lesão de cada pessoa, cobrindo regiões que enviam sinais sensório-motores para as pernas. Enquanto isso, uma bateria era implantada na parede abdominal, permitindo que a frequência, intensidade e duração do estímulo fosse ajustado sem fio. De acordo com o relatório, a atividade elétrica produzida pelos músculos das pernas foi monitorada durante as sessões.

A abordagem, chamada de estimulação epidural, atua com base no princípio de que existem pequenos sinais do cérebro que atravessam o local da lesão da medula espinhal – mesmo que não sejam suficientes por si só para gerar movimentos voluntários.

A cientista acredita que quando o dispositivo implantado é ligado, a atividade elétrica aumenta a agitação da medula espinhal, ou seja, a torna mais alerta. "É como se fosse mais consciente, na verdade, e pode ouvir esse pequeno sussurro do cérebro que ainda está lá e pode gerar o padrão motor", explicou Angeli, acrescentando que o treinamento físico foi crucial para os resultados da pesquisa.

Após a aplicação do dispositivo e treinos, dois pacientes foram capazes de andar. Kelly Thomas, de 23 anos, caminhou com um andador após 81 sessões de estímulos durante 15 semanas. "Ser uma participante neste estudo realmente mudou minha vida, visto que me proporcionou uma esperança que eu achava que não seria possível depois do meu acidente de carro", disse.

Já o paciente Jeff Marquis conseguiu andar pouco mais de 90 metros sem interrupção depois de 278 sessões ao longo de 85 semanas. Outras duas pessoas ficaram de pé e sentaram sozinhas. E um paciente deu alguns passos em uma esteira com apoio.

Um outro artigo de pesquisadores da Clínica Mayo e da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), publicado na revista Nature Medicine, também relatou sucesso com a mesma abordagem. Após 43 semanas de treinamento com o implante, Jered Chinnock, de 29 anos, conseguiu andar em uma esteira com ajuda de profissionais e segurando em barras. Ele, no entanto, não recuperou a sensibilidade das pernas.

"A própria mente do paciente é capaz de conduzir o movimento nas pernas", afirmou Kendall Lee, da Mayo Clinic. Contudo, ele ressaltou que o mecanismo ainda permanece pouco explorado. "Você precisa fornecer um tipo muito específico de estímulo. Algo aleatório não funciona."

A pesquisadora Angeli falou que programar o aparelho para dar os melhores resultados leva tempo, e que há um bom equilíbrio a ser atingido ao sintonizar a intensidade do estímulo. Se for muito baixo, os sinais cerebrais ainda não serão "ouvidos", enquanto, se for muito alto, poderá desencadear movimentos involuntários das pernas.

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Fonte:Galileu/(FOTO: TOM FOUGEROUSSE/UNIVERSITY OF LOUSIVILLE)/Jorge Correia/J.Alves
 
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