ÉPOCA: a estratégia ilegal de Bolsonaro para criar rede de zumbis no WhatsApp.
Todos já viram que estamos diante de um esquema de subversão do processo de formação da opinião pública, clandestino, bem planejado e remunerado. DENUNCIEM!
Todos, menos a Justiça Eleitoral.
Operações secretas de entrega de listas de números serem adicionados e chips vindos do exterior para produzir grupos inalcançáveis do Brasil.
São apenas duas das estratégias usadas por Jair Bolsonaro para criar um exército de zumbis no Whatsapp, segundo revelam Gabriel Ferreira e João Pedro Soares na revista Época, hoje.
Eles ouviram integrantes do esquema, que era feito, inicialmente, por uma agência de publicidade e tem detalhes dignos de livros de espionagem:
Para multiplicar as células [pró-Bolsonaro] no aplicativo, eram utilizadas listas com números de celular fornecidas diretamente por funcionários do clã Bolsonaro. Diversas listas com números telefônicos foram retiradas pessoalmente de escritórios no Rio de Janeiro e em São Paulo — prática comum em campanhas para driblar a legislação eleitoral, que só permite o uso de base de dados dos próprios candidatos. Em seguida, por telefone, cada uma das listas era associada ao perfil de um grupo específico: jovens, mulheres, pobres, evangélicos, entre outros. Os grupos eram criados e alimentados manualmente. Um a um, centenas de contatos migravam do papel para a rede, sem a autorização prévia dos usuários.
Muitos deixavam os grupos, sempre inaugurados com uma mensagem de boas-vindas que trazia as regras de utilização. Para evitar a debandada, os disparadores enviavam mensagens privadas, com referências nominais aos proprietários dos números. “Assim, criávamos um ambiente mais família, menos artificial”, disse um dos informantes. Após o grupo atingir uma estabilização de participantes, o funcionário da agência transferia sua administração para um dos integrantes e deixava o grupo. O procedimento era feito para que não houvesse sobrecarga dos operadores, que ficariam livres para criar novos grupos e cuidar da gestão deles — um desenho semelhante às pirâmides financeiras.
A operação era cercada de sigilo, diz a revista, com a entrega chips usados provenientes dos Estados Unidos (a maioria), Portugal e Argentina.
“As agências que atendiam o clã do presidenciável recebiam os chips estrangeiros em procedimento idêntico ao das listas — pessoalmente, em encontros cercados de sigilo. A ideia era dificultar o rastreamento e bloqueio dessas linhas”.
Os memes eram produzidos em série e distribuídos a grupos não eram apenas os “inseminados” artificialmente. Segundo a reportagem, o esquema tinha três níveis.
“Primeiro, os grupos de disparo maciço em que os usuários não podem interagir entre si. Neles, só existe um administrador, que envia as peças e orienta os passivos a replicar o conteúdo em suas redes. Para esse fim, militantes usam também as linhas de transmissão, ferramenta do aplicativo para o envio múltiplo de mensagens privadas. Depois, em menor número, vêm os chamados “grupos de ataque”, em que também não há diálogo, mas o administrador publica um determinado link que deve ser atacado em massa pelos demais. Reportagens contrárias aos Bolsonaros e enquetes virtuais como as realizadas pelo Congresso Nacional são os alvos preferenciais. Esse tipo de célula reúne os militantes mais disciplinados, que recebem orientações objetivas e respostas pré-fabricadas para o conteúdo-alvo. Por último, estão os grupos públicos, de maior organicidade e com mais de um moderador, nos quais é permitido aos integrantes interagir.
Jampa Web Jornal
Fonte:DCM/Jampa Web Jornal/Edição: Jorge Correia/J.Alves/Por Fernando Brito/Publicado originalmente no blog Tijolaço
Todos, menos a Justiça Eleitoral.
Operações secretas de entrega de listas de números serem adicionados e chips vindos do exterior para produzir grupos inalcançáveis do Brasil.
São apenas duas das estratégias usadas por Jair Bolsonaro para criar um exército de zumbis no Whatsapp, segundo revelam Gabriel Ferreira e João Pedro Soares na revista Época, hoje.
Eles ouviram integrantes do esquema, que era feito, inicialmente, por uma agência de publicidade e tem detalhes dignos de livros de espionagem:
Para multiplicar as células [pró-Bolsonaro] no aplicativo, eram utilizadas listas com números de celular fornecidas diretamente por funcionários do clã Bolsonaro. Diversas listas com números telefônicos foram retiradas pessoalmente de escritórios no Rio de Janeiro e em São Paulo — prática comum em campanhas para driblar a legislação eleitoral, que só permite o uso de base de dados dos próprios candidatos. Em seguida, por telefone, cada uma das listas era associada ao perfil de um grupo específico: jovens, mulheres, pobres, evangélicos, entre outros. Os grupos eram criados e alimentados manualmente. Um a um, centenas de contatos migravam do papel para a rede, sem a autorização prévia dos usuários.
Muitos deixavam os grupos, sempre inaugurados com uma mensagem de boas-vindas que trazia as regras de utilização. Para evitar a debandada, os disparadores enviavam mensagens privadas, com referências nominais aos proprietários dos números. “Assim, criávamos um ambiente mais família, menos artificial”, disse um dos informantes. Após o grupo atingir uma estabilização de participantes, o funcionário da agência transferia sua administração para um dos integrantes e deixava o grupo. O procedimento era feito para que não houvesse sobrecarga dos operadores, que ficariam livres para criar novos grupos e cuidar da gestão deles — um desenho semelhante às pirâmides financeiras.
A operação era cercada de sigilo, diz a revista, com a entrega chips usados provenientes dos Estados Unidos (a maioria), Portugal e Argentina.
“As agências que atendiam o clã do presidenciável recebiam os chips estrangeiros em procedimento idêntico ao das listas — pessoalmente, em encontros cercados de sigilo. A ideia era dificultar o rastreamento e bloqueio dessas linhas”.
Os memes eram produzidos em série e distribuídos a grupos não eram apenas os “inseminados” artificialmente. Segundo a reportagem, o esquema tinha três níveis.
“Primeiro, os grupos de disparo maciço em que os usuários não podem interagir entre si. Neles, só existe um administrador, que envia as peças e orienta os passivos a replicar o conteúdo em suas redes. Para esse fim, militantes usam também as linhas de transmissão, ferramenta do aplicativo para o envio múltiplo de mensagens privadas. Depois, em menor número, vêm os chamados “grupos de ataque”, em que também não há diálogo, mas o administrador publica um determinado link que deve ser atacado em massa pelos demais. Reportagens contrárias aos Bolsonaros e enquetes virtuais como as realizadas pelo Congresso Nacional são os alvos preferenciais. Esse tipo de célula reúne os militantes mais disciplinados, que recebem orientações objetivas e respostas pré-fabricadas para o conteúdo-alvo. Por último, estão os grupos públicos, de maior organicidade e com mais de um moderador, nos quais é permitido aos integrantes interagir.
Jampa Web Jornal
Fonte:DCM/Jampa Web Jornal/Edição: Jorge Correia/J.Alves/Por Fernando Brito/Publicado originalmente no blog Tijolaço
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