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Deputados querem criar CPI para investigar os contratos do BNDES

Na semana passada, iniciativa parecida não teve efeito no Senado

Os deputados Júlio Delgado (PSB-MG) e Rubens Bueno (PPS-PR) disseram, durante depoimento do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, à CPI da Petrobras, que vão protocolar requerimento para criação de uma CPI para investigar as operações do BNDES.

Na semana passada, iniciativa parecida não teve efeito no Senado porque seis senadores retiraram suas assinaturas, tornando o número inferior ao mínimo exigido regimentalmente (27).

“Precisamos investigar as operações de financiamento do BNDES no exterior”, disse Bueno. Ele disse que já tem 199 assinaturas para propor a criação da CPI na Câmara.

Setebrasil
Delgado questionou afirmativa de Coutinho a respeito do depoimento do ex-gerente de Tecnologia da Petrobras Pedro Barusco. Coutinho disse no depoimento de hoje à CPI que o BNDES não liberou nenhum recurso para a empresa Setebrasil, investigada pela Operação Lava Jato.

Já segundo Barusco, em ocasião anterior na CPI, o BNDES teria sido principal financiador da companhia. Barusco foi nomeado em 2011 diretor da Setebrasil e disse, em depoimento de delação premiada, que houve pagamento de propina pelos estaleiros contratados pela empresa para a construção de 28 sondas de perfuração.

“Eu fiz a pergunta a Pedro Barusco e sua negativa justifica a necessidade de uma CPI”, disse Delgado, se dirigindo a Coutinho.

Bate boca
Deputados do governo e da oposição bateram boca na reunião da CPI da Petrobras convocada para ouvir o presidente do BNDES, Luciano Coutinho.

A confusão teve início com uma pergunta do deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) a respeito de notícia publicada em um blog da revista Veja, segundo a qual Coutinho teria intermediado doação eleitoral para o PT feita pelo presidente da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa, preso na Operação Lava Jato.

“O senhor se encontrou com Ricardo Pessoa e disse a ele que Edinho Silva, então tesoureiro da campanha presidencial de 2014, iria procurá-lo para que fizesse uma doação?”, indagou o parlamentar.

“De modo algum participei de financiamento de campanha”, respondeu Coutinho.

Lorenzoni não ficou satisfeito com a resposta. “Eu quero saber se o senhor se encontrou com Ricardo Pessoa para falar de doação de campanha. Sim ou não?”, rebateu.

Protestos 
Deputados do PT, como Valmir Prascidelli (SP) e Leo de Brito (AC), protestaram. Até o relator da CPI, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), disse que não havia previsão regimental para réplica e tréplica dos parlamentares.

Houve gritos e trocas de ofensas no plenário, com ofensas como “palhaço” e comparações com “circo”. 

Mais cedo, o deputado Izalci (PSDB-DF) tinha feito a mesma pergunta a Coutinho. “Eu recebo todos os empresários”, limitou-se a responder o presidente do BNDES.

Luciano Coutinho, admitiu prejuízo do banco em razão de investimentos feitos na Petrobras. Apesar do lucro líquido do BNDES de R$ 8,9 bilhões em 2014, documento de balanço divulgado pela própria instituição no final de março apontou prejuízo de R$ 2,6 bilhões com a Petrobras, visto que o BNDES detém 17% das ações da estatal.

“As ações da Petrobras se desvalorizaram e a empresa de auditoria que fiscaliza o BNDES concluiu que, embora reconheça que é boa a metodologia usada pelo banco, não poderia avalizar totalmente as premissas, já que o balanço da Petrobras ainda não foi pulicado”, explicou Luciano Coutinho, ao responder pergunta do deputado Delegado Waldir (PSDB-GO) em reunião da CPI da Petrobras.

Doações
O presidente do BNDES negou qualquer ligação do banco com eventual contribuição de campanha feita por empresas que tenham recebido aportes financeiros da instituição. Ele se referia especificamente à JBS, empresa que, segundo a Polícia Federal, depositou R$ 200 mil em uma empresa controlada pelo ex-deputado André Vargas, preso na Operação Lava Jato.

“O BNDES participa de capital de empresas grandes, médias e pequenas, mas não interfere na gestão dessas empresas. O banco zela pela boa governança, pela sustentabilidade, pela boa conduta, mas não é o objetivo das BNDES interferir na gestão privada. Esse tipo de decisão é das empresas, desde que feitas dentro da lei”, disse.

Ao responder pergunta do deputado Izalci (PSDB-DF), ele afirmou que conheceu os ex-diretores da Petrobras Renato Duque e Paulo Roberto Costa. “Mas sempre em reuniões do Conselho Administrativo”, ponderou.

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TB/Foto: Presidente do BNDES, Luciano Coutinho/Por: Gabriela Korossy/Câmara dos Deputados

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