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ONU impõe embargo de armas a milícias xiitas do Iémen

O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou hoje uma resolução que impõe um embargo de armas às milícias xiitas 'huthis' do Iémen e exige a retirada do território que conquistaram.

Catorze dos 15 países membros do conselho votaram a favor e a Rússia absteve-se.

As sanções determinam também o congelamento dos bens e a proibição de viajar para o chefe das milícias Abdel Malek al-Huthi e para Ahmed Ali Abdallah Saleh, o filho mais velho do ex-presidente iemenita Ali Abdallah Saleh, apoiante dos xiitas.

A resolução, elaborada pelos países do Golfo e patrocinada pela Jordânia, pede a "todas as partes" envolvidas no conflito para negociarem o mais breve possível o "fim rápido" das hostilidades, mas não impõe à coligação árabe que combate os 'huthis', apoiados pelo Irão, que suspenda os ataques aéreos que realiza há perto de três semanas.

Teerão propôs hoje um plano para pacificar o Iémen, que prevê um cessar-fogo seguido de negociações ajudadas por mediadores externos.

"Propus um cessar-fogo, seguido de um diálogo incluindo todas as partes e facilitado por outros", declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Javad Zarif, em Madrid, precisando que o cessar-fogo seria seguido de ajuda humanitária e da constituição de um governo incluindo todas as forças em presença.

Os rebeldes 'huthis' conquistaram partes do território iemenita desde que entraram na capital, Sanaa, em setembro de 2014, tendo forçado o governo a fugir.

O caos aumentou desde 26 de março, quando a coligação liderada pela Arábia Saudita iniciou a ofensiva para travar as milícias xiitas, depois do presidente Abd Rabbo Mansur Hadi ter abandonado o Iémen.

A resolução da ONU exorta ainda os combatentes a preservarem a população e encarrega o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, de "redobrar os esforços para facilitar a entrega de ajuda humanitária e a retirada (de civis), incluindo e se necessário através da determinação de pausas humanitárias".

Jampa Web Jornal
Lusa

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