POLÊMICA: Neurolinguística e o Controle da Mídia – Elas nos Manipulam? | Jampa Web Jornal - O seu Portal de Notícias Jampa Web Jornal - O seu Portal de Notícias

Sua Localização Geográfica

Dados criptografados em AES 256 bits, VeraCrypt, TrueCrypt!

Ads

  Powered by Google - Links Patrocinados - Jampa Web Jornal - Um espaço democrático e plural pela própria natureza.

Últimas Notícias

Loading...

POLÊMICA: Neurolinguística e o Controle da Mídia – Elas nos Manipulam?

Falar deste assunto pode fazer com que alguns me confundam com os tais teóricos da conspiração, assim logo perderia minha credibilidade se é que tenho alguma, mas estudando o tema tenho encontrado muitas evidências para tal situação que embora muito sutis, produzem uma enorme cadeia de influências que certamente beneficiam muitos interesses.

Vamos começar falando um pouco do filósofo francês Foulcault, veja como ele começa a discernir ainda no século XX a ação da ciência e de métodos específicos que estudam o comportamento humano para seu próprio interesse. Esse é um texto que eu mesmo produzi do artigo: Ética x Moral.

Foucault era formado em psiquiatria e  psicanálise. Quando ocorreu o desejo de empreender maiores esforços na filosofia propriamente dita  ele pergunta a si mesmo:

“Qual é a origem  dos saberes.”

Assim inspirado procura no  decorrer do século XVI , XVII até os dias mais atuais, uma resposta a questão,  este período ele chama de  arqueológico, porque da importância  aos  saberes produzidos, posto que justamente no  século  XIX nasce muitas ciências:  Pedagogia,  psicologia, psicanálise,  psiquiatria,  economia, sociologia, a  medicina como  método científico, etc.

Estes são os  saberes contemporâneos.

Assim sendo Foucault percebe que a ciência e o  racionalismo ou cienfiticismo não são neutros dado o fato  que no mesmo existe um jogo de poder,  por isso para ele é imprescindível ver a  ciência, os saberes com olhar crítico.

As relações de poder estão vinculando as  ciências e competências ao controle de massa. Os  saberes que são eleitos como positivos  tem sem duvida uma relação de poder.

Michel Foucault
Para Foucault o poder era multifacetado diferentemente da visão marxista, por isso estava direcionado a todos os meios inclusive da tecnologia. Com a ocorrência dos direitos humanos pós revolução francesa, começou-se a buscar procedimentos disciplinares para não permitir práticas como, por exemplo, o suplício em público, a partir daí nascem as instituições representativas das tecnologias disciplinares, o controle passa a ser com base na total disciplinar e não mais meramente no medo e a sentença de morte.

São técnicas de controle e gerenciamento. O tempo dos indivíduos no ambiente institucional os faz não ser o que desejam e em troca se tornam reféns de jogos com punições e recompensas.

Nas instituições manipuladoras os indivíduos respondem apenas as exterioridades, não se leva em consideração a sua subjetividade. A homogeneização é mais importante do que a interiorização.

Mas Foucault em suas pesquisas descobre uma outra técnica disciplinar  = bio-política ou bio-poder, estudo do comportamento do homem enquanto coletivo. Assim esses movimentos serão determinados ou modelados por uma política específica.  Essas técnicas de poder usam o discurso das ciências humanas como desculpa para a manipulação.

Em uma passagem Foucault declara que o que discerniu foi que a ciência é instrumento de poder, o saber como algo normatizado e normatizante. As normas são fixadas por um modelo determinado pela ciência. Assim ele percebe que o homem contemporâneo é um homem sem liberdade, vive num convívio chantagista desde a família até a escola e indústria. Ele percebe que enquanto as exterioridades determinarem os comportamentos nunca haverá verdadeira ética. Sem a ação autônoma ou autentica tudo não passa de verdadeiro aprisionamento, pois não á uma possibilidade de transcender a norma.

Nos dias atuais são diversas as formas de manipulação que nasceram da pesquisa puramente cientifica do comportamento humano. Embora a neurolinguística muitas vezes seja tida por pseudociência na prática realmente funciona. Como ferramenta de manipulação pode ser usada também para a auto indução ou para o mero sugestionamento que desencadeia se feito de forma consciente benefícios para o provocador e terríveis malefícios para o provocado.

Deixo aqui o vídeo que certamente trará mais elucidação ao tema, assista com atenção, tenho certeza que depois de verem isso terão uma nova impressão do tal controle midiático.

Vídeo:


Para finalizar deixo com vocês esta matéria. O lingüista estadunidense Noam Chomsky elaborou uma lista das “10 estratégias de manipulação” através da mídia, porém essas técnicas são usadas por várias empresas principalmente aquelas terceirizadas que pagam um baixo salário. Também são vistas em varias instituições para controle, subserviência e exploração.

Saiba disto, como humanos que somos, não estamos isentos a  essas técnicas, por mais inteligente que alguém seja, estará suscetível a isso, porém não use tais temores para alimentar paranóias, leve em consideração que estar antenado dessas coisas é nossa obrigação, no entanto quem as pratica principalmente de forma escusa, também é alguém enganado e iludido, digno de nossa misericórdia e repreensão caso achemos lugar para isso.

1- A ESTRATÉGIA DA DISTRAÇÃO
O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir ao público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais” (citação do texto ‘Armas silenciosas para guerras tranqüilas‘).

2- CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES
Este método também é chamado “problema-reação-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.

3- A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO
Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haveriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.

4- A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO
Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se com a idéia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.

5- DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO CRIANÇAS DE BAIXA IDADE
A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por quê? Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestionabilidade, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade.

6- UTILIZAR O ASPECTO EMOCIONAL MUITO MAIS DO QUE A REFLEXÃO
Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar idéias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos…

7- MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE
Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores às classes sociais superiores seja e permaneça impossíveis para o alcance das classes inferiores.

8- ESTIMULAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE NA MEDIOCRIDADE
Promover ao público a achar que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto…

9- REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTOCULPABILIDADE
Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, o individuo se auto-desvalida e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua ação. E, sem ação, não há revolução!

10- CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM
No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado crescente brecha entre os conhecimentos do público e aquelas possuídas e utilizadas pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos a si mesmos.

Jampa Web Jornal

Nenhum comentário

AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Portal Jampa Web Jornal. É vedada a inserção de comentários que violem a lei, a moral, os bons costumes, ou que violem direitos de terceiros. O site Jampa Web Jornal poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso, ou que estejam fora do tema da matéria publicada.